quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Vida


As calças ficaram curtas, as blusa apertadas;

Mudei por fora o que deveria mudar por dentro.

Meu interior pede gratidão, quer ser maior que o mundo. Ele quer transbordar através dos meus olhos,dos meus gestos.

Mudar por fora é ilusão.

Meu interior quer mais, quer ser totalmente alma. Ver com a alma, voar, sópra sentir o vento e o tempo, e dar á isso o nome de felicidade.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Quem?

Sentada ali, ela pensava no que seu corpo fazia estático,naquele lugar,pois sua alma queria voar e voava às vezes; Queria conhecer o interior das pessoas e do mundo. Queria saber o porque das coisas mais simples, pensava em cada detalhe que tentava passar desperçebido. Ela sabia pegá-los no ar, em cada mínimo gesto, em cada invisível fio de pensamento, tão perdido e tão confuso.
Tentava sempre dar razão às coisas irracionais e parecia-lhe se perder nas suas teóricas invenções para o inexplicável. Sentia-se assim dona de seus próprios pensamentos, e isso já lhe bastava.
Por muitas vezes quis ser mais, ser outra,ou somente achar seu próprio eu ,mas em cada momento que se permitia voar atrás de seus devaneios, se perdia cada vez mais no seu profundo desconhecido.
Não sabia ao certo onde estava ou queria estar; Não pensava se um dia seus pensamentos poderiam ser preenchidos por sentir e viver na realidade da vida.
Pensar lhe fazia ser o que já foi e o que não era. De tanto pensar, encontrou ali,no seu íntimo, uma luz e não se importou mais com seus pensamentos ou com o dos outros à seu respeito.
Queria agora ser seu eu, seguir aquela faísca que iluminava seu espírito agora, e afastava todos seus vários personagens ali trancados em pensamento e loucura!
Aquela luz,pensou ela, vinha não se sabe de onde, não se sabe oporque ou para onde iria lhe levar, mas pela primeira vez teve a certeza de que era muito para se pensar e que as coisas sem sentido que lhe ocorriam pelamente eram minusculamente pequenas diante do enorme sopro de vida surreal que a luz lhe dera na alma.