terça-feira, 10 de março de 2009

Sinto a plenitude de estar aqui, o tudo e o nada se unem numa mistura de sensações.
Abro os braços,fecho os olhos,meu peito se liberta e voa, como se o tudo fosse aqui e agora.
Deito no chão, rio, choro,e ali me entrego, como se o nada fosse eu mesma, diante do tudo da presença que esta lá, no ar, no chão,deitado comigo,invadindo o que há em mim; E o nada se torna tudo, me ancho Dele e transborda a minha alma. Não sou mais eu, o Tudo agora vive em mim.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Vida


As calças ficaram curtas, as blusa apertadas;

Mudei por fora o que deveria mudar por dentro.

Meu interior pede gratidão, quer ser maior que o mundo. Ele quer transbordar através dos meus olhos,dos meus gestos.

Mudar por fora é ilusão.

Meu interior quer mais, quer ser totalmente alma. Ver com a alma, voar, sópra sentir o vento e o tempo, e dar á isso o nome de felicidade.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Quem?

Sentada ali, ela pensava no que seu corpo fazia estático,naquele lugar,pois sua alma queria voar e voava às vezes; Queria conhecer o interior das pessoas e do mundo. Queria saber o porque das coisas mais simples, pensava em cada detalhe que tentava passar desperçebido. Ela sabia pegá-los no ar, em cada mínimo gesto, em cada invisível fio de pensamento, tão perdido e tão confuso.
Tentava sempre dar razão às coisas irracionais e parecia-lhe se perder nas suas teóricas invenções para o inexplicável. Sentia-se assim dona de seus próprios pensamentos, e isso já lhe bastava.
Por muitas vezes quis ser mais, ser outra,ou somente achar seu próprio eu ,mas em cada momento que se permitia voar atrás de seus devaneios, se perdia cada vez mais no seu profundo desconhecido.
Não sabia ao certo onde estava ou queria estar; Não pensava se um dia seus pensamentos poderiam ser preenchidos por sentir e viver na realidade da vida.
Pensar lhe fazia ser o que já foi e o que não era. De tanto pensar, encontrou ali,no seu íntimo, uma luz e não se importou mais com seus pensamentos ou com o dos outros à seu respeito.
Queria agora ser seu eu, seguir aquela faísca que iluminava seu espírito agora, e afastava todos seus vários personagens ali trancados em pensamento e loucura!
Aquela luz,pensou ela, vinha não se sabe de onde, não se sabe oporque ou para onde iria lhe levar, mas pela primeira vez teve a certeza de que era muito para se pensar e que as coisas sem sentido que lhe ocorriam pelamente eram minusculamente pequenas diante do enorme sopro de vida surreal que a luz lhe dera na alma.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008


Passou pelas suas mãos, entre os dedos,tudo o que esperou.

Era o sorriso, o beijo,os olhos,o cheiro,o coração, que de tão junto era como um só, e que ao ver o tempo passar,sentiria ele se separar.

Sentiu então, uma mão, rasgando seu peito e o aperto da saudade de quem um dia dividiu seu coração. Foi como um prego, martelando seu interior,jorrando seus sonhos, seus planos, as lembranças que ocuparam cada milímetro da sua existência.

Vagava agora com o que lhe restou, que era só dela; Tão no seu profundo, que nenhuma mão arrancaria.

Guardou então,como um de seus tesouros,protegia-o com a alma, além do coração. Ali, ninguém ousaria lhe roubar o que tinha de melhor. Ali estavam escondidas cada lembrança do que viveu, e por isso era só o que tinha.

Quis reviver, centenas de vezes, mas só em sua mente.

Era por isso que nada lhe era mais precioso do que aquelas imagens vividas, dos seus momentos mais felizes e simples; Como num filme, se permitia parar no tempo, voltar atrás e sentir como se fosse cada vez mais vivo em sua memória. Era só dela cada segundo que viveu e guardou. Era só ela que conseguia ver e sentir tão intensamente,mesmo que sozinha,trancada em casa e em seu interior, gostava de se perder por lá.

Eram bonitas as vezes que parecia estar nos sonhos que sempre sonhava, mas que já os tivera vivido. Não lhe importava o tempo,o agora, o que estava ao seu redor, sabia que sempre que quizesse voltaria pro seu refúgio, e lá estariam seus tão preciosos momentos, esperando para serem escolhidos e revividos em seu mundo particular,lhe confortando os minutos que vive agora.

E sua outra metade do coração, que um dia foi um só, batia em outro ritmo, em outro corpo.

Dividiu com ele, todas aquelas lembranças,que guardava com tanto amor,pra não perder nenhum segundo das cenas que retornavam ao fechar os olhos.

Desejava ela que pudesse tirá-las dali, pois certas vezes as machucavam. Mas verdadeiramente, queria, em segredo, permanecer todas as horas do dia naquele lugar, que só ela controlava.

E como um raio, lhe veio o pensamento de que junto com a metade de seu coração,deixado pra trás,estavam também as mesmas lembranças.

Começou aí, a desejar que aquela outra metade batesse forte e fizesse o outro se lembrar de seus tesouros compartilhados com ele também.

Nasceu ali outra forma de divisão. Agora não mais dividiam o mesmo coração. Dividiam o que lhes aconteceu um dia, dividiam a vida.

quinta-feira, 15 de maio de 2008


Eu não acredito em destino;pode exisitir momentos,lugares e pessoas iguais,que uma hora acabam se encaixando;o nosso caminho,só cabe à gente trilhar;ninguém espera a vida ou o destino pras coisas acontecerem,porque querendo ou não,de algum modotodos se movem pra algum lugar,quem fica totalmente parado já morreu;e no fim das contas,se sempre estamos em movimento,impulsionados por algo ou alguém,somos nós que alcançamos a vida; o destino é só mais um impulsionador,pra gente buscar o que na verdade vai ser nosso se realmente quisermos;o negócio é correr atrás,nunk se acomodar e fazer tudo valer a pena,porque os nossos caminhos não estão trilhados,e a vida muda,quando você muda;

terça-feira, 18 de março de 2008

Aquilo atrás


Eu rasgo as folhas em que um dia escrevi;

Apago tudo aquilo que eu senti;

As memórias se perdem, mil motivos pra esquecer...

Te arranco do passado,queimo a história e vou viver;

As palavras flutuando,soltas pelo ar,só pra te dizer através das letras,que eu lamento por você;

O fim é o mesmo e não existe "De repente"

E eu só me culpo por acreditar que com você seria diferente.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

É tudo e só;


Meus olhos famintos assustam você,sem querer,mas só olho por não saber o que dizer.

Estática,ou à me movimentar...minhas palavras soltas pelo ar;

Você nem quer notar,parece não ligar; Marcas do passado te mancham com medo...

Minhas mãos abertas se estendem,sem pensar no depois;

Restará viver,já que tudo vai passar e ninguém vai lembrar;

Mergulhar em cada momento,descansado no pensamento ,em paz;

Afundar na liberdade,com a certeza de encontrar enfim a felicidade;


Sorrindo com compaixão,na alegria decadente da ilusão.